Banda gramadense lança single na véspera do Dia do Rock

Música nova é a quarta do repertório autoral da Sueed, que começou as atividades em 2013; conheça a história.

Notas, letras, riffs, melodias. Músicas com alma e que carregam mensagens com o intuito de manter vivo o espírito do rock. Essa é a essência da banda gramadense Sueed. O grupo iniciou em 2013, com uma influência grunge, e já possui três músicas próprias. A quarta será lançada nesta sexta-feira, dia 12, véspera do Dia Mundial Rock.

Com uma primeira formação de evangélicos, o guitarrista Gabriel Sueed, de 29 anos, conta que ele e alguns amigos gostavam do estilo, mas não podiam tocá-lo na igreja. “Queríamos mostrar que podemos amar a Deus e fazer nossa música como queremos, então a Sueed nasceu, que nada mais é do que a palavra Deus escrita ao contrário”, destaca, ao reforçar que, apesar da homenagem, a banda não é gospel.

O grupo ficou em atividade por um ano e retornou em 2022 com a atual proposta. O baterista Giu Fish, 26 anos, e o vocalista Felipe França, 33, se uniram a Gabriel. Juntos, lançaram dois singles, em fevereiro de 2023, “Me Encontrar” e “Time to Fly”. Também no ano passado, o baixista Renato Fisch, de 21 anos, e Digo Martins, de 33, que é responsável pela produção e por algumas linhas de guitarra base nas canções, passaram a integrar a banda. Com a atual formação, “Nada Importa” foi criada.

Agora, lançam “The Rescue”. Segundo o guitarrista, a letra aponta para uma entidade que se faz presente para ajudar a tirar mágoas e dores de uma pessoa querida. “Tinha um conceito de letra onde temos uma divindade, alguém importante, o amor da sua vida. Cada pessoa vai entender de uma forma, isso foi calculado para não entregar quem seria essa entidade, para cada pessoa visualizar alguém diferente”, explica Gabriel.

“Transformamos tudo em canções”

Com a banda já trabalhando em novas composições, o vocalista Felipe reforça que a Sueed tem uma base também no nu metal e matalcore. “Portanto nos definimos como ‘New Grunge’”, ressalta, citando como inspirações Nirvana, Pearl Jam, Queens of Stone Age, Stone Temple Pilots, Foo Fighters e Slipknot.

Para Gabriel, as músicas do grupo são baseadas nos próprios sentimentos e experiências. “Transformamos tudo isso em canções e buscamos sempre manter nossa identidade sonora nas músicas, de uma maneira que as pessoas reconheçam que esse é o jeito que a Sueed toca”, atesta.

Com o repertório com mais 25 covers, a banda ensaia de duas a três vezes por semana, no estúdio do grupo, que fica no bairro Várzea Grande. A Cervejaria do Farol e o Armazém Taberna são os principais locais de apresentação, em formato acústico.

Renato frisa que os locais acabaram marcando a história da Sueed, pois a banda passou a ser conhecida por mais pessoas. “Fizemos arranjos específicos para a Taberna e recebemos feedback muito positivo, o que nos alegra”, aponta o baixista.

Importância das novas gerações

“A gente tem o rock basicamente como estilo de vida, é um trabalho diário o incentivo ao consumo desse gênero, principalmente das novas gerações”, frisa Digo Martins.

Conforme ele, embora o estilo tenha tido auge em outras décadas, há canções emblemáticas que fazem parte da vida de muitas pessoas. “É um som tradicionalmente mais pesado, que preza muito pela qualidade, mas que carrega uma mensagem, uma essência e um ideal em cada nota. Acreditamos que vai continuar se perpetuando, através dos clássicos e também das bandas das novas gerações. Buscamos sempre colocar nossa alma, pensando em quem vai ouvir”, complementa.

As músicas do grupo podem ser conferidas nas plataformas digitais, como Youtube Music, Spotify e Deezer. “Futuramente, com o lançamento de um álbum, a ideia é possibilitar também em formato físico”, adianta Felipe. 

Fonte: ABC +
Mônica Pereira
Foto: Fabrício Arruda/Sueed